Tantos nós por aí...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

     "Não condene-me por estar aqui outra vez, a observar essas linhas. Ando tendo algumas dificuldades ultimamente, tudo anda tão profundamente doloroso e difícil por aqui. "Calorosa" com todos, durante o dia, e absurdamente "Fria" durante a noite. Ausência das cores, isso sim tem me ferido, sem dó algum. Me permito a conchegar e sentir-me a vontade a pequenas coisas a quais tenho compartilhado minha tamanha indignação sobre as coisas da vida. Ando sem rumo, vagando a busca de intensidade e felicidade, clamando por breves respostas e sempre esbarrando as mesmas ilusões.
     Peço a Deus, por favor, ao rumo certo pelo menos desta vez, porque pelos caminhos errados, a muito tempo, cansei de trilhar."



sábado, 11 de fevereiro de 2012



- Está cansada?
- Não.
- Está triste?
- Também não moço.
- O que você sente então?
- Não sinto."

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

      Desceu as escadas, abriu a porta e saiu, deixou tudo que a retinha para trás, abriu uma das mãos deixando cair seu cigarro, pisou forte sobre ele no chão. Jogou sua garrafa na primeira lixeira pela qual passou e seguiu, devagar. Sabia que sua ausência passaria despercebida, e se tivesse enganada, ela não fazia a mínima questão de ser encontrada. Aliás justamente naquela noite, tamanha era a sua ousadia.
     No entanto, com um sorriso de orelha a orelha estampado em sua face ela seguia, pois apesar de não saber o que a esperava ali fora, possuia a certeza de que o que quer que seja que estivesse por vir seria melhor que a vida que levara trancafiada dentro de si própria. Seus olhos ofuscariam o brilho de qualquer estrela que ousasse brilhar. Ela havia libertado-se de seu próprio pesadelo.